Em janeiro é enchente,
Que tira o sono e a casa do pobre,
Mas quem joga lixo e desvia rio é a gente.
Em fevereiro Carnaval,
Incentivo ao assédio, violência
Nesse período é normal.
Nos meses que se seguem quem diria?
Uma doença lá da china resolveu aparecer.
Vamos de isolamento social e pandemia.
"Cidadão não, engenheiro formado melhor do que você!"
É o argumento usado para se estar na rua.
"Você tem inveja disso aqui! Morrer pobre é a sua sina!"
E a salvação do país é nosso messias e sua gloriosa cloroquina.
Mais um negro é vítima
De uma polícia assassina
Que vê Donald Trump incitar violência na tv
E acha que é assim que deve ser.
É foguete que explode,
Gafanhoto chegando
Mas o denominador de todos os meses é o pobre que morre.
Parece até praga bíblica ou algo assim
Se não fosse os desvios de verba, corrupção
E revoltas contra as igrejas na Costa do Marfim.
Se fosse punição divina
Ele teria mais piedade,
O problema dessa história
É que o causador de tudo é a própria humanidade.
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